A Vida Cotidiana de um Homem de Meia Idade Comprando Online em Outro Mundo - Capítulo 11
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- Capítulo 11 - Bons Parceiros de Negócios
Na manhã seguinte, depois de acampar à beira do rio.
Quando abri meus olhos, os homens-fera já estavam acordados e fazendo as malas.
— Bom dia — bocejei. — Você bebeu bastante ontem, está bem? — perguntei para o homem-fera que quase se afogou no rio ontem.
— Tou bem, já faz um tempo que não me divirto tanto, então exagerei um pouco —disse o homem-fera. — Que vergonha.
— Bem, isso é bom. Quer tomar café da manhã?
— De jeito nenhum, depois de toda essa bebida e comida, não posso mais ficar me aproveitando do cê.
Eles parecem ser um grupo gentil e atencioso. Eu deveria conseguir me dar bem com eles.
— E a Amana? — perguntei.
— Estou beeem — disse ela.
— Certo! Então vamos voltar para casa para comer alguma coisa. Mas estou hospedado numa pousada.
— Miaau! — Mais uma vez, os homens-fera me carregaram nas costas até a pousada. Eles são muito rápidos.
Depois de me despedir deles, voltei para a pousada. Mas preciso ir ao mercado novamente para comprar comida. Bem, eu poderia ir direto para lá, mas já paguei o caminho da pousada.
Achei que deveria pelo menos mostrar a minha cara.
— Bom diaaa — falei.
— Ah! Kenichi, onde você estava ontem?
— Saí para beber com algumas pessoas fantásticas.
— Hã? Por que lá fora? — ela riu. — Você deve ter saído para brincar e perdeu a noção do tempo até escurecer.
— Sim, foi algo assim.
— Se você vai brincar com mulheres-feras, você poderia ter brincado comigo… — a expressão dela ficou sombria.
— Veja bem — gaguejei. — Eu não estava realmente brincando com nenhuma mulher-fera…! — Quando comecei a dizer isso, Azalea apontou silenciosamente para minha camisa preta que estava coberta com os pelos perdidos de Myare.
Oops.
Tentei dar uma desculpa, mas a Azalea simplesmente se virou com um “humph” e entrou. Será que eu a chateei?
…Bem, não tem jeito. De qualquer forma, não preciso de uma mulher na minha busca por uma vida mais tranquila.
Por enquanto, subi as escadas, tomei café da manhã e escovei minha camisa.
Mas o pelo não saía. Fiquei perplexo por um tempo.
Comprei um rolo adesivo na Shangri-La e usei. Funcionou muito bem.
——◇◇◇——
Depois do café da manhã, fui ao mercado como de costume e montei minha barraca.
Hoje, coloquei à mostra cerca de três caixas de joias feitas de madeira simples, do mesmo tipo que dei de presente para Azalea, com o item pendente dentro.
Eu também tinha uma serra de duas mãos pendurada que comprei por vinte reais. Se a mercadoria for sempre a mesma, os clientes vão ficar entediados.
Se itens diferentes forem exibidos ocasionalmente, os clientes podem chegar pensando que pode haver algo bom.
As caixas de joias de madeira que eu tinha exposto venderam uma pela manhã, mas não parecem vender muito bem. A mulher que comprou uma disse que a usaria como porta-joias.
Conforme os clientes iam saindo, eu estava sentado em um banquinho lendo um e-book na tela do Shangri-La quando uma voz me chamou.
— Eu quero aquele papel. — Em frente à barraca, estava um velho vestindo uma túnica verde. Por baixo, ele usava um terno preto, com cabelos e barba grisalhos.
Há muitas cores de cabelo incomuns nesta terra, mas cabelos pretos também são comuns. Graças a isso, não me destaco.
— Bem-vindo — falei.
— Este papel é fino, mas resistente. — Parece que ele quer o papel. Ele está verificando a textura tocando-o com os dedos.
— Estou confiante na qualidade. Quantas folhas você gostaria?
— Cem. — Eu não esperava que seriam tantas. — Você consegue reunir tantos assim?
— Sim, sem problemas. Se você puder me dar dois ou três dias… No entanto, a uma moeda de cobre por folha, cem seriam duas moedas de prata (R$1.000).
Na verdade, eu poderia fornecê-los imediatamente, mas se eu sempre fizer isso, pode parecer suspeito, então digo isso.
— Está tudo bem. Eu tenho o dinheiro.
— Minhas desculpas… Será que você está escrevendo um livro?
— Não, sou um escriba.
— Um escriba significa copiar livros à mão, uma página de cada vez.
— Está correto.
Este mundo ainda não possui tecnologia de impressão. Para fazer livros, tudo precisa ser escrito à mão. Uma vez feito o original, os escribas o copiam para vender. Não existe direito autoral.
— A propósito, quanto custa um livro normalmente?
— De um a dez pratas — disse ele. — Dependendo. Se você quiser uma encadernação elaborada, pode custar dez moedas de ouro (R$20.000) ou até vinte moedas de ouro (R$40.000).”
— Entendo. E que tipo de conteúdo é comum em livros tão caros?
— Trabalhos principalmente eróticos. — O velho apertou um olho e acariciou a barba.
— Dez moedas de ouro por obras eróticas?
Ele riu. — Ter dinheiro não faz de alguém necessariamente uma boa pessoa. É assim que eu ganho a vida.
— Entendo… Então com certeza terei o estoque pronto em três dias.
— Hum, entendido. Estou contando com você. — Os passos do velho eram leves e ágeis, apesar da idade. Ele parecia bastante ágil. É bom manter a energia mesmo na velhice.
Mas eu me pergunto o que aconteceria se alguém adoecesse neste mundo? Já que existe magia, talvez feitiços de cura pudessem curar doenças?
Depois disso, cerca de vinte prendedores de roupa foram vendidos. Parece que se tornaram um item essencial. Se a notícia se espalhar, talvez vendam ainda mais. Se eu receber um pedido grande de uma mansão grande, como a empregada que veio aqui outro dia, posso vendê-los em grandes quantidades.
Mas esse foi o último cliente da manhã.
Depois de almoçar pão, houve um pequeno intervalo de clientes à tarde. Quando eu estava prestes a terminar de ler um e-book sobre Shangri-Lá, dois clientes visitaram a barraca.
— Margaret, esta é a loja?
— Sim, minha dama.
Um deles era um uniforme de empregada doméstica azul-marinho — sim, a mesma empregada que havia comprado 100 prendedores de roupa na minha barraca antes.
A outra era uma mulher com cabelos lisos e dourados, vestindo uma elegante blusa branca com babados e uma saia longa azul-marinho.
Ela tinha o ar inconfundível de uma dama nobre. Em termos de idade — talvez uns vinte anos? Seus olhos aguçados e inteligentes exalavam sabedoria.
Claro, como eles pareciam ser clientes ricos, eu os cumprimentei educadamente.
— Bem-vindaaas!
A loira pegou um colar pendurado na barraca e o examinou atentamente.
— Empregada, você veio pegar os itens que reservou? — Com a afirmação dela, peguei um colar de prata da Item Box e entreguei para a empregada. — Aqui, serão seis pequenas moedas de prata (R$300).”
— Obrigada… Minha dama, isto é para você…
A loira interrompeu a empregada. — Nossa! Isso não é um diamante, é?
— Segundo o lojista, é vidro.
— Vidro…
Parecia que a empregada e a moça estavam tendo algum tipo de desentendimento. Não, não exatamente um desentendimento, mas estavam discutindo sobre o colar que eu havia dado a elas.
Mas como não conseguiram chegar a uma conclusão, a moça veio até mim.
— Gostaria de te perguntar uma coisa…
— O que posso fazer para você?
— Este colar… as pedras não são diamantes, são?
— Não, essas são pedras de vidro polido.
Ela pareceu perdida em pensamentos por um momento.
— Aconteceu alguma coisa?
— Se você tiver outras joias, poderia me mostrá-las?
— Certamente. — Abri a tela do Shangri-La e procurei por colares com designs diferentes, depois cliquei no botão de compra. Os preços variam de vinte a trinta reais.
De repente, as joias de prata que apareceram diante de nós chamaram a atenção da senhora.
— Uma Item Box!”
Para ser mais preciso, os itens estavam sendo enviados de Shangri-Lá, não retirados de uma Item Box, mas, da perspectiva dela, era assim que parecia.
Então eu entrei na brincadeira. — De fato, minha dama.
Ela apoiou o queixo na mão fina, imersa em profunda contemplação mais uma vez. Então, como se tivesse chegado a uma conclusão, falou. — Bom comerciante, tenho um pequeno pedido.
— O que pode ser isso?
— Eu sou Prímula, a filha mais velha da Companhia Comercial Marlowe.
— É uma honra. Eu sou Kenichi.
— Por favor, perdoe esse pedido repentino, mas você poderia visitar nossa empresa e se encontrar com meu pai?
Um pedido realmente repentino. No entanto, eu não gostaria de me envolver com nenhuma companhia comercial obscura. Ouvi dizer que o grupo Bacopa é um grupo perigoso…
Inclinei-me para Amana, o lojista ao lado. — Ei, Amana. Você conhece a Companhia Comercial Marlowe? — sussurrei.
— Eles são uma das maiores lojas desta cidade — sussurrou ela de volta.
— Eles são como aqueles caras suspeitos de Bacopa dos quais você sempre ouve falar?
— A Companhia Comercial Marlowe conduz negócios legítimos.”
— Entendi… — Não parece ser uma má empresa, então. Sendo uma grande loja, eles devem ser uma das figuras mais importantes da cidade. Não seria uma má ideia estabelecer uma conexão com essas pessoas.
— Muito bem, eu aceito. Mas vamos agora?
— Meu pai está em nossa propriedade hoje, então, se possível, hoje seria preferível… Por favor, perdoe minha imposição. — A dama de cabelos dourados curvou a cabeça. Para a filha de uma grande companhia comercial se curvar diante de um mero comerciante recém-chegado como eu, que poderia ser levado embora por uma rajada de vento…
Embora eu não saiba muito sobre ela como comerciante, pelo que vi dessa senhora, seu pai deve ser um homem muito respeitável.
Depois de arrumar a barraca e guardar os itens na Item Box, fui conduzido pela senhora de cabelos dourados até a propriedade da Companhia Comercial Marlowe.
Nos arredores do mercado, uma carruagem laqueada de preto me aguardava. Guiado pelo que parecia ser um mordomo, embarquei na carruagem.
Era uma carruagem esplêndida. À minha espera, havia um assento luxuoso, vermelho-escuro. No entanto, as carruagens dos nobres deviam ser ainda mais luxuosas.
— Esta é a primeira vez que viajo em uma carruagem tão magnífica — falei.
Primeira riu elegantemente. — As carruagens dos nobres são muito mais extravagantes, não é mesmo, Margaret?
— Sim, minha dama. — Como de costume, a empregada de olhar aguçado respondeu friamente.
— Os prendedores de roupa que compramos de você foram úteis?
— Sim. — A empregada respondeu de forma concisa e objetiva.
— Também tive a oportunidade de ver aqueles prendedores de roupa. São produtos realmente excelentes.
— Obrigado.
— Mandei fazer um protótipo imediatamente na oficina de um conhecido, mas eles não conseguiram fazer as juntas se encaixarem perfeitamente.
De fato, assim como pinças e outros itens semelhantes, obter um encaixe preciso entre superfícies móveis requer um trabalho artesanal bastante avançado.
Os prendedores de roupa que vendo provavelmente são feitos por usinagem controlada por computador.
Embora possam parecer simples e fáceis de fazer, reproduzi-los por meio de artesanato tradicional seria bastante difícil.
O mesmo vale para molas helicoidais. Este mundo provavelmente não possui máquinas de moldagem por extrusão. Até mesmo uma única mola precisaria ser forjada.
— Eles podem parecer simples à primeira vista, mas criá-los requer habilidades avançadas — declarei.
— Foi o que nossos artesãos também disseram.”
Enquanto discutimos os prendedores de roupa, a propriedade surgiu à nossa vista. Passando pelo grande portão, um amplo pátio revelava uma magnífica construção de pedra.
A escala do prédio era comparável à da casa de câmbio nacional, onde eu trocava minhas moedas de prata. E dizem que as propriedades nobres são ainda maiores.
Uma verdadeira divisão de classes.
Como alguém que foi pobre desde sempre, esse mundo me parece bastante estranho. Ao ver um prédio tão grandioso, só consigo pensar em como deve ser trabalhoso limpá-lo.
Guiados por Prímula e pelo mordomo, aguardamos na sala de recepção. Os sofás eram macios e confortáveis. Todos os móveis pareciam ser de primeira qualidade.
Os móveis aqui poderiam alcançar um preço alto como antiguidades se fossem vendidos para o programa de recompra do Shangri-La. Fiquei tentado a abrir a janela de recompra do Shangri-La e dar uma olhada nos móveis, mas resisti à vontade
Foi quando a porta se abriu.
— Sr. Kenichi, meu pai quer vê-lo. — Guiado por Prímula, fui ao encontro do chefe da Companhia Comercial Marlowe. No escritório da propriedade, aguardava um homem corpulento, de meia-idade, vestido com uma roupa extravagante.
Uma magnífica barba negra adornava seu queixo. Seu traje — um terno verde-grama com um colete vermelho bordado com fios de ouro — era uma combinação ousada de cores primárias, mas à primeira vista, ficava claro que ele era um comerciante.
No mundo dos negócios, a prioridade é tornar o próprio nome conhecido. Os comerciantes quebram a cabeça para criar maneiras de causar uma boa impressão em seus parceiros de negócios. Os colares vibrantes que Amana vende na loja ao lado provavelmente são parte disso.
Sobre a mesa dele estava o colar que eu tinha vendido para a empregada.
— Bem-vindos, bem-vindos. Eu sou Marlowe, da Companhia Comercial Marlowe. — Ele se levantou energicamente da cadeira e me cumprimentou.
— Prazer em conhecê-lo. Vim a convite da sua filha. Eu sou Kenichi. — Estendi minha mão para ele.
— Que gentileza sua. O prazer é todo meu. — Ele não fez menção de estender a mão, então parece que apertos de mão não são costumeiros neste mundo. Não vi um único aperto de mão desde que cheguei a esta cidade.
— Pai… — Prímula correu e sussurrou algo para seu pai, o chefe da companhia comercial.
— O quê! Você possui uma Item Box?
— Sim, um pequeno.
— Na verdade, eu também. — Diante dele, num espaço vazio, surgiu uma estatueta dourada. Ah, então, vista de lado, minha Item Box deve ser assim…
— Sr. Marlowe, o senhor também possui uma Item Box.
— De fato. Com isso, minha companhia comercial cresceu até o tamanho atual.
— Isso é impressionante. Eu só usei o meu como galpão para armazenar as colheitas da minha fazenda.
— Que desperdício.
— Então, o que você quer comigo…?
Depois de uma breve pausa para reflexão, ele foi direto ao ponto. — Para ser franco, gostaria que você vendesse esses produtos no atacado para a Companhia Comercial Marlowe. — Ele estava se referindo aos colares de prata e outros acessórios que estavam sobre a mesa.
— Entendo. Pela reação da sua filha, esses produtos devem ter um preço ainda maior se levados ao lugar certo… — Marlowe assentiu. — No entanto, se for esse o caso, por que você simplesmente não compra os produtos por um preço baixo na minha loja e os revende no estado em que se encontram?
— Pois se a notícia disso chegasse aos seus ouvidos… — O comerciante recostou-se na cadeira, com os dedos entrelaçados diante do rosto.
— Eu deixaria de lidar com produtos de prata de uma vez por todas.
— Exatamente. E nossos rivais comerciais, sem dúvida, o iam abordá-lo com um acordo ainda melhor. Deixar-se levar pelo lucro imediato e perder uma oportunidade maior seria o cúmulo da tolice para um comerciante.
— Entendo… Então, qual margem de lucro você está propondo?
— Eu tinha em mente uma margem de lucro quíntupla… — propôs Marlowe.
— Muito bem, vamos prosseguir com isso.
— Você tem certeza? — Assenti. Para mim, vender acessórios de prata que comprei na Shangri-La por vinte a trinta reais com uma margem de lucro cinco vezes maior seria uma dádiva. Até mesmo uma margem de lucro duas ou três vezes maior teria sido aceitável.
É claro que produtos de ouro provavelmente teriam um preço ainda maior, mas o ouro é caro até mesmo em Shangri-La.
Para explorar a disparidade de preços entre Shangri-Lá e este mundo, os produtos de prata são os mais eficientes. Embora minha tentativa de lavar moedas de prata tenha falhado, parece que encontrei um bom parceiro de negócios.
Simplificando, em vez de ter uma barraca no mercado e sobreviver, vender apenas dois ou três produtos de prata por mês me permitiria viver confortavelmente.
Bem, não pretendo parar de administrar a barraca imediatamente.
O mestre se aproximou de mim e estendeu a mão — um aperto de mão. Ah, então apertar a mão aqui sela o acordo.
Por outro lado, apertar as mãos descuidadamente pode ser perigoso.
Após a troca de contratos, o atacado de produtos de prata para a Companhia Comercial Marlowe foi finalizado, juntamente com o atacado de prendedores de roupa.
A prímula parecia bastante interessada neles, esperando alta demanda em propriedades nobres e coisas do tipo.
É claro que, para uma grande empresa comercial, os lucros dos prendedores de roupa seriam insignificantes.
Além disso, tive a sorte de vender mercadorias ainda mais caras.
Embora eu estivesse encantado por ter conseguido um bom parceiro de negócios, a conversa acabou se tornando um bate-papo informal — e, apesar de ser dono de uma loja grande, o comerciante continuou se gabando da filha sem parar, como um típico pai amoroso. Eu me esforcei para escapar.
Como um cliente importante e valioso, suponho que posso satisfazê-lo até esse ponto sem nenhuma repercussão…
Segundo ele, o preço de venda de produtos de prata na Companhia Comercial Marlowe varia de cinco mil a dez mil reais.
Eles também vendem produtos que foram ainda mais aprimorados, com zircônia substituindo diamantes e vidro substituindo cristal.
No entanto, as técnicas de lapidação de gemas neste mundo ainda são imaturas. Aparentemente, zircônias e vidros lapidados são mais populares do que pedras preciosas verdadeiras devido à sua qualidade superior.
Se eu introduzisse diamantes de lapidação brilhante, eles provavelmente alcançariam um preço alto, mas eu devo ser cauteloso ao introduzir tecnologia excessivamente avançada.
Enquanto eu tiver dinheiro suficiente para levar uma vida tranquila neste outro mundo, não preciso me esforçar para ganhar mais.
Claro que ter mais dinheiro é sempre melhor, mas não é absolutamente necessário.
